Em um momento etéreo da vida, Jão percebeu que os horizontes de Américo Brasiliense, essa joia do interior paulista, já não comportavam a vastidão de seus sonhos. Abraçando coragem, ele ousou enfrentar os arranha-céus e ruas agitadas da metrópole, São Paulo, em busca da concretização de suas aspirações. Essa jornada, agora contemplada com o olhar do tempo, desenha as linhas mestras de “Super”, a mais recente joia musical desse cantor de alma profunda.
Como se as notas e acordes fossem pedras preciosas, os quatro álbuns que moldaram sua carreira são fiéis relatos da dança do artista com os quatro elementos da natureza: terra, ar, água e agora, ardente fogo. “Super“, é como uma tapeçaria intrincada que costura os capítulos de sua história, cada canção é um nó que amarra lembranças e emoções, transformando-se em um testemunho de sua trajetória.
“Álbuns são como cápsulas do tempo, as páginas de um diário entrelaçadas com melodias e ritmos”, confidencia Jão. “Cada acorde é uma pincelada no retrato da minha vida, um retrato que se tornou meu legado.” Com a voz embalada pelo suave eco das experiências vividas, ele continua: “A chegada da era do ‘fogo’ era uma ânsia contida, uma expectativa latente. Sabia que ela marcaria o último capítulo da minha história dos vinte e poucos anos, agora que o relógio celebra meus 28. A jornada que se iniciou com ‘Lobos’, quando eu tinha 22, agora encontra sua conclusão.”
E como um compositor das almas, Jão nos sussurra que, além do palco que desenha seus sonhos, o The Town em setembro, onde suas notas envolverão o público em um abraço sonoro, será um vislumbre da grandiosidade que a turnê irá trazer. “Ver a grandiosidade em tudo é como contemplar uma vastidão de sentimentos. O Allianz Parque receberá nossos acordes, o fogo da paixão iluminando cada acorde, e eu me delicio nesse mar de cenografia e luzes. Quero ver cada detalhe, cada chama, cada nota como parte de uma sinfonia visual que nos transporta para outra dimensão.”
Numa nação que pulsa com o ritmo da música, Jão reivindica seu lugar como um maestro da emoção. “Os palcos, para mim, são portais para a desconexão do cotidiano e a entrada em uma esfera paralela, onde cada nota é um elo com o sublime. Anseio que minhas canções despertem essa mesma magia nas pessoas, que eu possa tecer o fio da fantasia e conduzi-las a uma viagem única. Nós, artistas, temos o poder de criar maravilhas, de transformar o comum em algo extraordinário. E é isso que busco honrar.”
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