Uma intensa onda de calor está prestes a atingir o Brasil nesta semana de agosto, com potencial para quebrar recordes históricos de temperatura. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que sete estados serão particularmente afetados por essa condição climática extrema.
A combinação de altas temperaturas e seca é comum nesta época do ano nas regiões Centro-Oeste, interior do Nordeste e centro-sul da Região Norte. Além disso, a previsão do Inmet destaca que, além do Distrito Federal, os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro estão na rota dessa onda de calor sem precedentes.
Segundo as estimativas, as temperaturas máximas podem chegar perto ou até mesmo ultrapassar a marca dos 40ºC. As regiões mais afetadas devem ser o Centro-Oeste e o Sudeste, onde é esperado o pico da onda de calor entre a quarta-feira (23/8) e a quinta-feira (24/8).
Enquanto isso, nos próximos dias, a região Sul do país deve receber uma frente fria, o que ocasionará uma queda nas temperaturas em todo o território nacional. Essa mudança climática pode também resultar em tempestades isoladas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
O fenômeno El Niño, caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, tem um ciclo médio de cinco a sete anos e influencia diversos países, incluindo o Brasil. Durante um evento El Niño, a primavera e o verão tendem a ter temperaturas acima da média, prolongando períodos de calor intenso. O aquecimento global, consequência do acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera devido a atividades humanas como queima de combustíveis fósseis e desmatamento, pode intensificar esse fenômeno e aumentar seus impactos.
Para lidar com as condições extremas de calor, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul (CEVS/RS) sugere algumas medidas: proteger-se contra o Sol e o calor usando chapéus e roupas leves, evitando a exposição direta; manter-se hidratado, preferencialmente com água, evitando o consumo de bebidas alcoólicas; buscar ambientes frescos e bem ventilados, passando de 2 a 3 horas em locais assim; e facilitar a circulação do ar em casa. Em caso de mal-estar durante esse período, é recomendado buscar ajuda de pessoas próximas ou procurar centros de saúde.
